terça-feira, 21 de novembro de 2017

Depoimentos - Luta armada


A grande maioria dos brasileiros desconhece a história do regime militar. Acreditam, tolamente, que os guerrilheiros lutavam pela paz e democracia.

Felizmente alguns, por reconhecer o erro ou por orgulho do passado, contaram detalhes de sua participação no movimento terrorista e o que pretendiam. Selecionamos estes:

- Eduardo Jorge, ex-terrorista, em um depoimento corajoso e honesto, fala o óbvio: o objetivo da guerrilha e dos movimentos subversivos era a instauração de uma ditadura do proletariado:


  Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=H5h4xW558hk

- No mesmo sentido, Fernando Gabeira:


Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=cP5PGY08vbs


- Carlos Eugênio da Paz, terrorista, descreve uma das ações (fuzilamento) de seu grupo terrorista:


Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=rsEjlc-vhgw

- Vera Magalhães, integrante de grupos terroristas, também admitindo que lutava pela ditadura do proletariado:
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=_SPTZdvKzZs

O historiador Marco Antonio Villa faz uma rápida síntese do período, questionando a classificação do regime militar como uma ditadura:
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=RMmZRNmgNa4

Quem tiver interesse, também pode assistir a dois curtos documentários:

REVOLUÇÃO DE 1964 - A Verdade Sufocada
 
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=UeXIrPc_O8o

BRASIL, GUERRILHA E TERROR - A Verdade Escondida.
 
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=-ow8bwE3fhw


Mas a melhor fonte para o período é o livro "A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça", do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, já em sua 10ª edição. Está disponível na Amazon e na Cultura.


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Bônus: Trecho do blog da jornalista Mirian Macedo.

 
A verdade: eu menti. 

(...)
Repeti e escrevi a mentira de que eu tinha tomado choques elétricos (por pudor, limitei-me a dizer que foram poucos, é verdade), que me deram socos e empurrões, interrogaram-me com luzes fortes, que me ameaçaram de estupro quando voltava à noite dos interrogatórios no DOI-CODI para o PIC e que eu passava noites ouvindo "gritos assombrosos" de outros presos sendo torturados (aconteceu uma única vez, por pouquíssimos segundos: ouvi gritos e alguém me disse que era minha irmã sendo torturada. Os gritos cessaram - achei, depois, que fosse gravação - e minha irmã, que também tinha sido presa, não teve um único fio de cabelo tocado).



Eu também menti dizendo que meus algozes, diversas vezes, se divertiam jogando-me escada abaixo, e, quando eu achava que ia rolar pelos degraus, alguém me amparava (inventei um 'trauma de escadas", imagina). A verdade: certa vez, ao descer as escadas até a garagem no subsolo do Ministério do Exército, na Esplanada dos Ministérios, onde éramos interrogados, alguém me desequilibrou e outro me segurou, antes que eu caísse.



Quanto aos 'socos e empurrões' de que eu dizia ter sido alvo durante os dias de prisão, não houve violência que chegasse a machucar; nada mais que um gesto irritado de qualquer dos inquisidores; afinal, eu os levava à loucura, com meu enrolation. Eu sou rápida no raciocínio, sei manipular as palavras, domino a arte de florear o discurso. Um deles repetia sempre: "Você é muito inteligente. Já contou o pré-primário. Agora, senta e escreve o resto".
Quem, durante todos estes anos, tenha me ouvido relatar aqueles 10 dias em que estive presa, tinha o dever de carimbar a minha testa com a marca de "vítima da repressão". A impressão, pelo relato, é de que aquilo deve ter sido um calvário tão doloroso que valeria uma nota preta hoje, os beneficiados com as indenizações da Comissão da Anistia sabem do que eu estou falando. Havia, sim, ameaças, gritos, interrogatórios intermináveis e, principalmente, muito medo (meu, claro).



Torturada?! Eu?! Ma va! As palmadas que dei em meus filhos podem ser consideradas 'tortura inumana' se comparadas ao que (não) sofri nas mãos dos agentes do DOI-CODI.
Que teve gente que padeceu, é claro que teve.  Mas alguém acha que todos nós - a raia miúda - que saíamos da cadeia contando que tínhamos sido 'barbaramente torturados' falávamos a verdade?



Não, não é verdade. A maioria destas 'barbaridades e torturas' era pura mentira! Por Deus, nós sabemos disto! Ninguém apresentava a marca de um beliscão no corpo. Éramos 'barbaramente torturados' e ninguém tinha uma única mancha roxa para mostrar! Sei, técnica de torturadores. Não, técnica de 'torturado', ou seja, mentira. Mário Lago, comunista até a morte, ensinava: "quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre."
(...)



O texto integral pode ser obtido em http://blogdemirianmacedo.blogspot.com.br/2011/06/verdade-eu-menti_05.html


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