terça-feira, 8 de maio de 2018

Documentário The Soviet Story (A História Soviética)

The Soviet Story (A História Soviética) é um documentário sobre o comunismo europeu. Escrito e dirigido em 2008 por Edvins Snore (e patrocinado pelo Parlamento Europeu), é um impressionante relato de um regime que matou dezenas e dezenas de milhões de pessoas.

O filme fala sobre temas pouco conhecidos do grande público, como a aliança Hitler-Stalin, os campos de concentração soviéticos, a matança sistemática de pessoas e o Holodomor - o Holocausto Ucraniano, quando Stalin determinou o confisco dos alimentos da Ucrânia e deliberadamente provocou a morte de milhões por fome, entre os anos de 1931 e 1933.

O documentário legendado pode ser visto em https://www.youtube.com/watch?v=FdfCHrBhiu8:

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=FdfCHrBhiu8

A barbárie do regime soviético também por ser conferida no já classico "O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão", editado por Stéphane Courtois, diretor de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique ("Centro Nacional da Pesquisa Científica", CNRS) da  Universidade de Paris (França).

"O Livro Negro do Comunismo" traçou um panorama dos crimes cometidos pelos regimes comunistas e pelos partidos e movimentos revolucionários de inspiração marxista. É uma obra fundamental para quem se interessa pelo assunto.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

A Dialética do Sexo e o feminismo de Shulamith Firestone


Hoje o feminismo se esconde atrás de um discurso melífluo ou, pior ainda, de uma linguagem cifrada que impede que os desavisados efetivamente entendam o que lhes estão a dizer. Isso permite que os militantes feministas arregimentem jovens inocentes, convencendo-os inicialmente de que “feminismo” seria a defesa de um tratamento justo para homens e mulheres. 

Esta definição talvez tivesse um fundo de verdade até as primeiras décadas do século XX, com a chamada primeira onda feminista. Entretanto, a partir da segunda onda feminista (nos anos 60), isto é simplesmente falso. O feminismo desde então nada tem a ver com justiça. É uma tentativa de engenharia social com fundamento em crenças ideológicas de forte origem marxista.

Tomemos, por exemplo, a influente autora feminista Shulamith Firestone. Em 1970 ela escreveu um livro que se tornou um clássico do feminismo: “The Dialectic of Sex” ("A Dialética do Sexo"). Sobre esta obra, escreveu a também feminista (e influente) Naomi Wolf: "Ninguém pode entender como o feminismo evoluiu sem ler esse marco radical, inflamatório da segunda onda [feminista]".

Pois bem. Mas o que defendia Shulamith Firestone? Leiam o que ela escreveu nas conclusões de seu livro (páginas 239 e seguintes da edição de 1970 - tradução nossa):

        [Vamos examinar as nossas quatro exigências mínimas para ver como nossa construção hipotética de um socialismo cibernético se sairá:]
          (...)
   
         3) A integração total de mulheres e crianças na sociedade como um todo. Isso foi cumprido: o conceito de infância foi abolido, as crianças têm direitos legais, sexuais e econômicos completos, suas atividades educacionais/trabalhistas não são diferentes das dos adultos. Durante os poucos anos de sua infância, nós substituímos a "paternidade" genética psicologicamente destrutiva de um ou dois adultos arbitrários por uma responsabilidade difusa de uma coletividade que garante o bem-estar físico da criança. Esta criança ainda formaria relacionamentos amorosos íntimos, mas em vez de desenvolver laços estreitos com uma "mãe" e um "pai" definidos, ela poderia agora formar esses laços com pessoas de sua própria escolha, de qualquer idade ou sexo. Assim, todas as relações adulto-criança serão mutuamente escolhidas - relações íntimas e iguais, livres de subordinações materiais. Assim, apesar de menos numerosas, elas não seriam monopolizadas, mas se misturariam livremente em toda a sociedade para o benefício de todos, satisfazendo assim o desejo legítimo de estar em contato com crianças, o que é frequentemente chamado de "instinto" reprodutivo.

4) Liberdade sexual, amor, etc. Até agora não falamos muito sobre amor e liberdade sexual porque não há razão para isto representar um problema: não haveria nenhum impedimento. Com total liberdade, os relacionamentos humanos acabariam sendo redefinidos para melhor. Se uma criança não conhece sua própria mãe, ou pelo menos não atribui a ela um valor especial em relação aos demais, é improvável que ela a escolha como seu primeiro objeto de amor, apenas para desenvolver inibições nesse amor. É possível que a criança possa formar seus primeiros relacionamentos físicos íntimos com pessoas do seu tamanho por pura conveniência física, assim como homens e mulheres, nas mesmas circunstâncias, podem preferir um ao outro em relação àqueles do mesmo sexo por pura conveniência física. Mas caso a criança escolhesse relacionar-se sexualmente com adultos, mesmo que escolhesse sua própria mãe genética, não haveria razões a priori para que esta rejeitasse seus avanços sexuais, porque o tabu do incesto teria perdido sua função. O "lar", uma forma social transitória, não estaria sujeito aos perigos da endogamia.

Assim, sem o tabu do incesto, os adultos podem retornar dentro de algumas gerações para uma sexualidade polimorfa mais natural, a concentração no sexo genital e o prazer orgástico dando lugar a relações físicas / emocionais totais que o incluem. As relações com as crianças incluiriam tanto sexo genital quanto a criança for capaz - provavelmente  muito mais do que supomos agora -, mas como o sexo genital não seria mais o foco central do relacionamento, a falta de orgasmo não apresentaria um problema sério. Tabus de sexo entre adultos e crianças e sexo homossexual desapareceriam, assim como a amizade não-sexual (o amor "inibido por objetivos" de Freud). Todos os relacionamentos próximos incluiriam o físico; nosso conceito de parcerias físicas exclusivas (monogamia) desaparecendo de nossa estrutura psíquica, assim como a fantasia um Parceiro Ideal. Não sabemos quanto tempo levará para que essas mudanças ocorram, e quais formas surgirão. Mas não devemos nos preocupar com detalhes. Precisamos apenas estabelecer as precondições para uma sexualidade livre: quaisquer que sejam as novas formas de relacionamento, certamente seriam uma melhoria em relação ao que temos agora, "natural" no sentido mais literal do termo.  

           Na fase de transição, o sexo genital adulto e a exclusividade de casais dentro da família podem ter que ser mantidos para que a unidade possa funcionar sem problemas, com um mínimo de tensão interna causada por atritos sexuais. É irrealista impor teorias sobre o que deveria ser uma psique já fundamentalmente organizada em torno de necessidades emocionais específicas. E é por isso que as tentativas individuais de eliminar a possessividade sexual são agora sempre enganosas. Faríamos muito melhor se nos concentrássemos em derrubar as estruturas sociais que produziram essa organização psíquica, permitindo uma gradual – talvez não distante - reestruturação fundamental (ou devo dizer, desestruturação?) de nossa psicossexualidade.

Saudades do tempo em que feministas diziam o que pensavam...

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Sugestão de leitura sobre o feminismo e suas "ondas": "El Libro Negro de la Nueva Izquierda: Ideología de género o subversión cultural", de Nicolás Márquez e Agustín Laje (ebook disponível no site da Amazon).

Música: Creedence Clearwater Revival - I Put A Spell On You


A música "I Put a Spell on You" foi escrita e gravada em 1956 por Screamin' Jay Hawkins e ficou ainda mais conhecida na voz de Nina Simone. A versão de Creedence Clearwater Revival é, na minha opinião, muito superior às duas.


Foi regravada diversas vezes, por artistas como Joe Cocker e Annie Lennox.

Neutralidade sexual: a ideologia de gênero

Artigo de Regina Beatriz Tavares da Silva, presidente da ADFAS (Associação de Direito de Família e das Sucessões), doutora em Direito pela USP e advogada, publicado no site do jornal O Estado de São Paulo (Estadão):

Neutralidade sexual: a ideologia de gênero

(...)
A ideologia de gênero, nos termos atualmente examinados, considera o gênero como construção social.
O sexo definiria apenas os aspectos biológicos e anatômicos, enquanto o gênero seria uma definição mais ampla do papel sexual do indivíduo, de modo que essa ideologia despreza o enquadramento “restrito” da designação homem ou mulher, conforme lapidarmente esclarece Verônica Cezar-Ferreira, Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP e Diretora de Relações Interdisciplinares da Associação de Direito de Família e das Sucessões – ADFAS, em Parecer solicitado por esta Associação.
Propõe-se que as crianças sejam educadas sem sexo definido para que possam optar por seu gênero, ou seja, haveria o que podemos chamar de “abstração do sexo” ou “neutralidade sexual”, com consequente esvaziamento do conceito de homem e mulher.
Procura-se, evidentemente, alterar o conceito tradicional e sedimentado da palavra “gênero” – homem e mulher –, conferindo-lhe outro significado com o escopo de utilizá-la como instrumento de poder, como afirma Ives Gandra da Silva Martins, ao prefaciar livro “Ideologia de gênero: o neototalitarismo e a morte da família” de autoria de Jorge Scala.
(...)

O artigo completo pode ser lido no endereço http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/neutralidade-sexual-a-ideologia-de-genero/  .